quinta-feira, 15 de maio de 2014

Para assistir: Her


Embora seja um dos meus programas favoritos, tenho assistido poucos filmes ultimamente. Mas, há alguns dias atrás, fiz uma escolha certeira: decidi dormir um pouco mais tarde e assistir a um filme cuja sinopse tinha me atraído já fazia tempo - desde seu lançamento, em 14 de fevereiro deste ano, mais precisamente. O filme era Her, em português Ela, dirigido por Spike Jonze.

Theodore, interpretado por Joaquim Phoenix, é um escritor de cartas profissional para o site BeautifulHandwrittenLetter.com. Mas, mesmo com uma carreira estável e recebendo constantes feedbacks positivos de seus clientes, Theodore está passando por um momento difícil emocionalmente: seu casamento de anos acabou, e ele não consegue tirar sua ex-mulher (Rooney Mara) da cabeça. As coisas começam a mudar, e melhoram muito, quando o protagonista se apaixona pela voz do seu pelo seu novo sistema operacional, Samantha (cuja voz é de Scarlet Johansson). 


No início o roteiro me pareceu bem estranho, mas não consegui ignorar sua originalidade e tantos comentários positivos que ouvi por aí. E foi a melhor coisa que fiz. Por mais que em palavras a história pareça meio boba, o filme é incrível e uma das melhores (e mais criativas) críticas ao predomínio da tecnologia no nosso cotidiano. Ao invés de nos aproximarmos das pessoas com a ajuda das redes sociais e de tantos "aparelhos inteligentes", estamos nos tornando cada vez mais distantes e solitários. 


Com cenários e planos incríveis e modernos, trilhas perfeitas, figurinos que remetem (ironicamente?) às últimas décadas e pessoas muito parecidas fisicamente (coisa que também foi certamente proposital), Her é um filme que te prende do início ao fim. Você pode até começar pensando "que besteira é essa em que o cara se apaixona por um computador", mas depois percebe a naturalidade com que aquilo acontece e como te envolve. Samantha, o sistema operacional, passa a ser um exemplo de companheira ideal e, de uma maneira simples e inesperada, acaba se tornando essencial na vida de Theodore. Chega um momento em que você se vê torcendo por aquele relacionamento "sem pé nem cabeça", e só quando volta a colocar os pés no chão se dá conta do quanto se envolveu e deixou levar. É justamente aí que a coisa começa a ficar mais assustadora e a crítica passa a fazer mais sentido.


Enfim, acho que é um filme que todo mundo deveria assistir, e que tem tudo para agradar a todos. Espero que aproveitem a dica!

Beijinhos.

 





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